Thursday, November 30, 2006

Informativo da Fiel 10






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Ano I nº 10 - 1 a 7 de Dezembro de 2006.
Diagramação: Luciano Ferraz

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Corinthians 2006

Mariana Cordovani


O ano de 2006 não foi tão bom quanto o esperado para o Coringão, tetracampeão brasileiro do ano passado.

Classificado para a tão sonhada Copa Libertadores, começou o ano aos tropeços nas contratações. A diretoria trouxe de volta Ricardinho e Marcelinho Carioca, contratou o atacante Rafael Moura do Paysandu
, o goleiro da seleção chilena Johnny Herrera, o volante Xavier do Vitória, o lateral Rubens Junior, o meia Renato do Atlético Mineiro e o goleiro Silvio Luis do São Caetano.

Antonio Lopes pediu demissão em março, devido aos maus resultados no Campeonato Paulista. Ademar Braga assumiu o time interinamente e foi efetivado após algumas vitórias. O Timão acabou o Paulistão de 2006 na 6ª colocação.

Vieram, então, o Campeonato Brasileiro e a Libertadores. Nessa última o Corinthians se classificou em primeiro lugar do grupo aumentando as expectativas e esperanças do título inédito para Fiel. Mas no seu caminho encontrou o River Plate da Argentina nas oitavas-de-final. No jogo de ida, em Buenos Aires, os donos da casa ganharam por 3 a 2. Na volta, no Pacaembu, o sonho parecia estar bem próximo de se tornar realidade com o gol do Corinthians no primeiro tempo. No entanto, no segundo tempo, levou três gols de virada e ficou mais uma vez fora da competição. Os resultados dos jogos foram:

1ª fase
Dep. Cali 0 x 1 Corinthians
Corinthians 2 x 2 U. Católica
Tigres 2 x 0 Corinthians
Corinthians 1 x 0 Tigres
U. Católica 2 x 3 Corinthians
Corinthians 3 x 0 Dep. Cali

Oitavas de final
River Plate 3 x 2 Corinthians
Corinthians
1 x 3 River Plate

Diante desse fracasso, o Corinthians se concentrou no Brasileirão e na Copa Sul-Americana. Ademar Braga foi substituído por Geninho, pela segunda vez no clube. Porém, uma série de derrotas deixou o Timão na zona do rebaixamento por 16 rodadas, sendo quatro delas em último lugar, o que resultou na saída de Geninho. O Corinthans trouxe, então, Emerson Leão, atual treinador. Essa contratação pôs fim aos jogadores argentinos no Timão.

Na Sul-Americana o Corinthians fez uma campanha curta e feia. Foi desclassificado nas oitavas de final por mais um argentino, dessa vez o Lanus. Resultados:

1ª fase
Vasco 0 x 1 Corinthians
Corinthians
3 x 1 Vasco
Oitavas
Corinthians 0 x 0 Lanús
Lanús 4 x 2 Corinthians

No final de agosto, Carlitos Tevez e Mascherano foram negociados com o West Ham da Inglaterra. Ricardinho e Marcelinho também saíram e vieram Magrão, Amoroso e César.
Nenhuma dessas contratações e mudanças empolgou o torcedor alvinegro, mas Leão conseguiu tirar o time da zona de rebaixamento e hoje, a um jogo do final do campeonato, o Corinthians está na décima posição.

Não podemos esperar muito para o ano de 2007, nem mesmo Leão espera. O grupo não está definido e as contratações pedidas dificilmente sairão. Já estão dispensados do time os goleiros Johnny Herrera e Silvio Luiz, os meias Renato e Ramon, o zagueiro André Leone, o lateral Rubens Júnior e o atacante Rafael Moura.
Entre os nomes citados por Leão para a próxima temporada estão o meia Lúcio, do Fortaleza, o zagueiro Gustavo, do São Caetano, e o atacante Marcus Aurélio, do Atlético-PR.

É ver para crer! Porque com essa diretoria e parceira que tomam conta do nosso alvinegro, é difícil “esperar para ver”. Se esperarmos muito, as coisas podem ficar ainda piores e a Fiel vai cumprir seu papel: fiscalizar, cobrar e apoiar o Corinthians, até o fim!

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Subsede de Brasília comemora 13 anos

Érika Papangelacos

A Festa de 13 Anos dos Gaviões-DF, contou com cerca de 300 pessoas, além de corinthianos de Fortaleza-CE, Goiânia-GO e São Paulo.

O início da celebração foi às 16h30 com um jogo de futebol amistoso contra a Seleção de Jornalistas Esportivos do DF, onde os Gaviões-DF venceram por 10 x 4.

Logo em seguida, ocorrerão apresentações culturais. O pagode ficou por conta do Grupo Sambrasília. Já o rap esteve sob comando d o DJ Eljay e do rapper Look. A Bateria Show do Bloco de Rua dos Gaviões-DF também se apresentou.

A festa se estendeu até às 2h da manhã. Parabéns, Subsede de Brasília.

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Puro Sangue

Carine Almeida


A tradição do Corinthians nas categorias de base é indiscutível. Enfatizar a importância de jogadores lá revelados como Wladimir, Ronaldo e Casagrande, entre outros, torna-se redundante.
Durante vários períodos no Corinthians, temos visto que jogadores das categorias de base vêm conquistando, mesmo a duras penas, uma posição no time principal. Não cabe aqui fazer comparações, nem ao menos citar esse ou aquele jogador. O que temos assistido é que constantemente esses “meninos”, quando exigidos, expõe aquela face do futebol que muitos de nós já não vemos com tanta freqüência: o de jogar por amor à camisa!
É claro que só amor não conta, o importante na competição é marcar três pontos, mas um pouco de amor, mesmo que com pouca experiência e dificuldade técnica, nos faz sair do estádio mais orgulhosos.
Hoje o futebol amador foi transferido para o Centro de Treinamentos de Itaquera, onde esses meninos motivados pela paixão ao clube e perspectivas de um futuro promissor transpiram a camisa, doam os melhores anos de suas vidas, enfrentam dores musculares cruéis e desapontamentos, tudo em nome da sua paixão pelo futebol. Mas, qual será uma das maiores alegrias para esses meninos?
Sem dúvida nenhuma ter seu nome cantado pela Nação Corinthiana. Então, cabe a nós fazermos pelo menos essa parte de seus sonhos realidade!
As equipes Sub-15 e Sub-17 estão nas finais do Campeonato Paulista, ambos contra o São Paulo. Os últimos jogos de nossos “futuros heróis” serão nos dias 2 de Dezembro no Morumbi e 3 de Dezembro no Parque São Jorge, respectivamente.
Além de apoiar, devemos cobrar da diretoria do clube investimento na categoria, que foi sucateada com essa parceria entre Corinthians e MSI.


Foto por Daniel Augusto jr.(11) 3872-2846/9903-5464
Fagner, Robson Baiano, Fabrício e Daniel. Meninos do Parque.
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Corinthians Itaquera: Parada Obrigatória!

Ligia Francilino


Quem nunca pegou a linha leste-oeste do metrô e desceu na última estação do lado leste? Ou pelo menos já ouviu falar nessa estação do metrô? Pois é, a estação Corinthians Itaquera possui essa grandiosa nomenclatura exatamente por abrigar o Centro de Treinamento do Corinthians, o famoso “terrão” que fica localizado no bairro de Itaquera, grande reduto corinthiano da cidade de Sampa. Para cada 5 pessoas de Itaquera, 4 são corinthianas.

O terreno possui aproximadamente 200 mil metros quadrados e foi cedido pela prefeitura de São Paulo por 99 anos, com a condição de que fosse construído um estádio no local. Pela ausência do estádio que até hoje não foi construído, em 1993 o Corinthians perdeu o direito de uso da área, mas conseguiu reavê-la com a alegação de que o construiriam. Passaram exatos 13 anos e a fiel ainda não possui o tão aguardado estádio.

No local há um alojamento para abrigar os jogadores com a infra-estrutura de 24 apartamentos, restaurante, estacionamento, drenagem no gramado e uma série de outras vantagens.

Quem tiver o interesse em conhecer o “terrão” do Timão, a maneira mais prática é de metrô (mesmo com a exorbitante tarifa), pois o CT fica exatamente em frente à estação.
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Os Gaviões se reúnem no Japão

Leonor Macedo


Corinthiano tem em todo o lugar e do outro lado do mundo, no Japão, eles são muitos. Há pouco mais de um ano, alguns deles se encontraram no fórum do site dos Gaviões da Fiel e resolveram se reunir pessoalmente também para falar de Corinthians, Gaviões da Fiel e Brasil. Assim surgiu a Fiel Japão.

O coletivo (que não é uma subsede) cresce a cada dia porque o número de brasileiros, corinthianos e associados dos Gaviões que tenta ganhar a vida no Japão é grande. Desde 2005, as confraternizações da Fiel Japão ficaram mais freqüentes e no fim-de-semana passado mais de 150 corinthianos comemoraram o primeiro aniversário do grupo.

A festa, também repleta de crianças e mulheres corinthianas, teve a batucada da bateria dos Gaviões Japão, além do sorteio de vários brindes. O mais especial foi uma camisa do Corinthians autografada por todos os jogadores.

Para ajudar a matar a saudade da sede aqui do Brasil, a Miriam Yokomizo preparou um vídeo com recados dos Gaviões daqui para os Gaviões de lá, sempre unidos pela nossa maior paixão: o Coringão. Os Informativos da Fiel também foram distribuídos na festa.

Parabéns aos Gaviões da Fiel do Japão, que nos representam sempre carregando nossa bandeira do outro lado do planeta e que lutam com muita garra para vencer os desafios que a vida oferece, entre eles a saudade enorme do nosso Corinthians e do nosso Brasil.

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Estatuto do Torcedor: doce ilusão?

Elaine Leme


Há quase 3 anos, mais exatamente em 15 de maio de 2003, foi aprovado o Estatuto em Defesa do Torcedor (Lei 10671). A lei estabelece normas de proteção e defesa a toda pessoa que aprecie, apóie ou se associe a qualquer entidade de prática desportiva do país. Só que a realidade ainda é outra.

Os torcedores sofrem com o desrespeito dentro e fora dos estádios como as condições precárias, tanto de higiene quanto de segurança nos estádios, a falta de segurança decorrente de brigas com torcedores rivais, além da violência da PM, a reserva de vendas de ingressos para estudantes, o acesso fácil para deficientes, os excessivos preços dos produtos alimentícios, acesso com transporte seguro e organizado pelo clube mandante, a emissão de nota fiscal do ingresso, o pronto acesso ao ouvidor no estádio ou no próprio clube, orientadores a serviço de atendimento para que aquele encaminhe suas reclamações no momento da partida.

Segundo a Lei 10671, temos direito a todos estes benefícios. Mas vemos que a falta de organização e as práticas anacrônicas de gestão predominam nas práticas desportivas, assim como se alastra em nosso país.
E de quem é a responsabilidade pelo não cumprimento do Estatuto? O torcedor, o clube ou o Estado? É preciso mudar a mentalidade deste país, uma mentalidade que incentiva a mediocridade, além do medo que as pessoas têm de cobrar pelos direitos que nos protegem.
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O Informativo da Fiel é uma iniciativa do Departamento Social,
Cultural e de Comunicação.

Sobre a postagem anterior

Resolvi saber se a informação daí debaixo realmente procedia. Perguntei para o Juca Kfouri, para o próprio Citadini e para o repórter Eduardo Arruda, que fez a reportagem. Ainda estou no aguardo da resposta do Arruda, mas publico o posicionamento de Citadini e o esclarecimento de Juca. Cabe uma observação: Citadini me respondeu às 22h44. Não sei se foi o sono, ou o nervosismo, mas o e-mail é quase inteligível. Dá até para pensar que quem respondeu foi outra pessoa, e não o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Mas às 22h44? Além de não saber cantar o hino do Corinthians, Citadini não sabe nem o nome do presidente, de quem ele era (era?) testa-de-ferro até o ano passado.

Oi, Juca. Tudo bem contigo?
Eu estou bem.
Te escrevo para perguntar se você chegou a conversar com o Citadini sobre
essa reportagem da Folha, de ontem. Como ela é baseada em suposições e não
diz quais são as fontes ou como a informação foi apurada, nem sei se é
verdadeira. Por isso, gostaria de saber se você sabe algo sobre o assunto.
Grande beijo
Leonor


-----Mensagem original-----
De: jucakfouri
Enviada em: terça-feira, 28 de novembro de 2006 16:28
Para: leonor
Assunto: Re:Oi, Juca!
é claro que conversei. ele se disse estarrecido, porque ninguém o ouviu e que não é verdadeira a parte que lhe toca.
beijo.
juca

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Leonor Macedo escreveu:

Oi, Citadini. Tudo bem?
Li uma reportagem na Folha, do Eduardo Arruda, e gostaria de um
posicionamento seu. Devo ou não acreditar na matéria?

Leonor (Gaviões da Fiel)



-----Mensagem original-----
De: Antonio Roque Citadini [mailto:arcit@uol.com.br]
Enviada em: terça-feira, 28 de novembro de 2006 22:42
Para: Leonor Macedo
Assunto: Re: Oi, Roque!

Prezada Leonor,
Obrigado pelo email.
Vc viu que não fui ouvido nesta matéria.
Estranho. Mas, nem uma ligação do jornalista (sic). Minha posição é aquela
mesma que falei no debate da PUC. Todas as criticas que fiz ao
presidente Dualibi (sic) e sua gestão. O documento que divulgamos "O
Corinthians vai mudar" resume o que acredito devamos fazer nos próximos
anos. A matéira da Folha tem o dna de alguns vice do Dualibi (sic) que tem
pesadelos quando pensam em mim. Igualmente o pessoal "da oposição "do
grupo do Mario Gobbi e Andres ficam preocupados e nervosos quando
pensam nas minhas idéias. Aliás vc, que estavam no debate da PUC (sic), sabe o
que penso de Dualibi (sic) e desta nova oposição.
Um abraço,
Roque Citadini

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Sim, eu estava no debate da PUC e ouvi ele defender o Dualib como sempre fez, além de dizer que não tem absolutamente interesse nenhum em ser presidente do Conselho do Corinthians, ou mesmo presidente do clube. Em breve, o material será recuperado porque temos tudo gravado. Publicarei por aqui. Se o Citadini tentar assumir, a gente derruba antes de sentar na cadeira porque não queremos a troca de um feudo pelo outro. Fora Dualib! Fora Citadini!

** Assim que Eduardo Arruda me responder, publico por aqui.

Tuesday, November 28, 2006

Ah, eu já sabia

Dualib marca fim de sua era e prepara Citadini como sucessor

EDUARDO ARRUDA
da Folha de S.Paulo

Alberto Dualib vai acabar com o sistema que o ajudou a criar um reinado ditatorial de 13 anos no Corinthians. Em seu sétimo mandato seguido como presidente do clube do Parque São Jorge, o dirigente vai alterar o estatuto social e colocará fim à possibilidade de reeleição no cargo que ocupa.

Mas, segundo a reportagem apurou, prepara Antonio Roque Citadini para substitui-lo.

Como mostra documento obtido pela Folha, o artigo 92 do capítulo IX, permitirá apenas uma reeleição ao presidente e aos vices de diretoria com mandatos de três anos. Esse é o principal item da proposta que o cartola levará ao Cori (Conselho de Orientação) e ao Conselho Deliberativo em reunião marcada para amanhã.

O fato de o dirigente impedir mais de dois mandatos --atualmente não existe limite-- não significa o fim da era Dualib.

Em meio à série de denúncias contra sua gestão, o cartola agiu rápido e articula, com as alterações estatutárias, manter o conselho sob seu controle até que faça um sucessor daqui a dois anos, quando termina seu atual mandato presidencial.

Para isso, vai escolher entre 20 e 30 novos conselheiros vitalícios. No quadro eleitoral do clube, eles somam 200 e, quando aprovadas as mudanças, os vitalícios ganharão mais poder.

Eles elegerão cem dos 200 conselheiros em janeiro de 2007. Atualmente é Dualib quem indica os quadrienais. Outros cem são eleitos pelos sócios do clube --uma chapa de situação e outra de oposição, comandada pelo ex-vice de futebol Andres Sanchez, monopolizam a disputa.

Dualib está preocupado com os ataques à sua administração e, dessa maneira, articulou um acordo com Citadini, ex-vice-presidente eleito.Citadini, que até a chegada da MSI ao clube era homem de confiança do atual presidente, voltou a se aproximar dele com a iminente saída da parceira do Parque São Jorge.

Os dois tem se falado diariamente. Fizeram também algumas longas reuniões para costurar um acerto político que asseguraria a eleição da chapa de Dualib no Conselho em janeiro do próximo ano e a presidência a Citadini daqui a dois anos.

Setores de oposição acreditam que a postura de Citadini contra a atual gestão não passa de jogo de cena. Dizem que o objetivo é dividir os votos do grupo. Hoje, por exemplo, dois eventos serão realizados por adversários de Dualib.

Um deles, às 19h, no centro da cidade, comandado por Citadini, deve reunir cerca de 50 conselheiros. Outro, de Sanchez, na zona leste paulistana, acontecerá um pouco mais tarde. Alguns conselheiros reclamam dessa divisão. Avaliam que, com dois grupos, não será possível fazer frente à chapa política de Dualib.

Há uma tentativa de aproximar Sanchez e Citadini. Os dois grupos discutirão hoje os problemas da atual administração, abalada por denúncias de favorecimento a conselheiros próximos a Dualib, e também as alterações estatutárias.

Uma outra mudança proposta pelo atual presidente é a criação do sócio-torcedor, antiga reivindicação de oposicionistas corintianos.

Dualib justifica para a alteração no estatuto social o fato de o clube ter de se adequar ao novo Código Civil, válido a partir de 2007 e que determina a votação dos sócios para mudar o estatuto do clube.

Friday, November 24, 2006

INFORMATIVO DA FIEL - 9



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Ano I- nº 9 - 24 de Novembro a 01 de Dezembro de 2006

Diagramação: Luciano Ferraz e José Medeiros

Dinheiro no bolso de Dualibabá e nariz de palhaço para o corinthiano

Leonor Macedo

E como o futebol reproduz práticas de todas as questões que permeiam a sociedade, no Corinthians também tem mensalão. É o que diz a edição de 23/11/2006 do jornal Diário de S. Paulo.

Conselheiros, dirigentes e demais cartolas do Parque São Jorge emitiram notas fiscais de suas empresas particulares para embolsar dinheiro do clube. Todo clube de futebol é uma entidade sem fim lucrativo, portanto fica proibida a remuneração de qualquer dirigente.

O ex-vice presidente de finanças do Corinthians (atuou de 1999 a 2005), Carlos Roberto de Mello, admitiu ao jornal que a empresa da qual é sócio recebeu cerca de R$ 195 mil do clube. Mensalmente, o cartola recebia de R$ 14 a R$ 15 mil.

A neta de Dualib, Carla, também enriqueceu as custas do dinheiro do Timão. Sua agência de marketing, SMA, faturou R$ 866 mil em comissões da Nike e Abril.

Se as irregularidades forem comprovadas, o Corinthians pode perder uma série de isenções fiscais e tributárias, aumentando ainda mais a dívida do clube. Segundo o último balanço oficial, divulgado em abril, o Corinthians deve cerca de R$ 10 milhões, mas conselheiros dizem que esse valor já foi dobrado. As denúncias de corrupção foram parar na Polícia Civil e no Ministério Público Estadual.

Tais sanguessugas nos indignam, mas não nos surpreendem, visto que toda a torcida corinthiana já sabe porque Dualibabá só pretende sair de lá direto para o céu. Enquanto amigos e parentes do velho enriquecem com o dinheiro suado do torcedor e do Corinthians, nosso clube se afunda em dívidas e tem sua história maltratada.

Está na hora de nos articularmos e de nos levantarmos efetivamente contra toda essa corja. O Corinthians é do povo e o povo vai ocupar o seu lugar. Fora Dualib!
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Memorável conquista

Elaine Leme


Maracanã, 1976. Mais de 70.000 fiéis torcedores do Parque São Jorge munidos de bandeiras, faixas e esperança invadiram o estádio do Maracanã para assistir a semifinal do Campeonato Brasileiro entre Corinthians e Fluminense. Pela primeira vez na história do futebol brasileiro, a torcida visitante ficou em maior número no estádio do mandante. Com alegria e raça, o Timão ganhou da equipe carioca nos pênaltis. A festa marcante jamais será esquecida pela torcida corinthiana.

Para comemorar essa memorável conquista, a Ong Corinthians para Corinthianos, em parceria com a Fundação Pró-Sangue, realizará uma campanha de doação de sangue junto com uma exposição sobre a Invasão de 76.

Vamos promover uma nova invasão para ajudar o próximo!

Data: 03/12/2006 (domingo)
Horário: 8h às 14h
Local: Posto Clínicas - Avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 155, 1 andar (metrô Clínicas)
Disque Pró-Sangue: 0800-55-0300



Haverá a presença de ex-jogadores, alem da exposição e filmes sobre a Invasão Corinthiana de 1976.

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Você Sabia?

Mari Cordovani


Ao lado do bar, na quadra dos Gaviões, existe o Cantinho do Jogador. Você já se perguntou o porquê desse nome?

Roneibo Mendes de Almeida, o Jogador, era uma figura carimbada dos Gaviões da Fiel. Foi casado com Fátima, que o conheceu lá mesmo, na quadra, em 1983. Dois anos depois, se casaram e fizeram a festa de casamento em nossa sede. A lua-de-mel não podia ser diferente e foi em um jogo do Coringão contra o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto, logo depois da festa.
Jogador quis ser presidente dos Gaviões, mas na época o casal tinha uma filha pequena e por isso (e a pedido de Fátima) desistiu. Para assumir tal cargo é preciso 100% de dedicação aos assuntos da torcida.

Roneibo morreu jovem, em fevereiro de 1991, às vésperas do desfile de carnaval, depois de um acidente de moto. Ele saía de uma festa do Chopp na quadra dos Gaviões da Fiel. Não chegou a ver as filhas crescerem e nem mesmo conheceu a terceira, pois Fátima estava grávida quando Roneibo morreu.

Fátima o ajudava a comandar a famosa ALA DO JOGADOR e, mesmo grávida, com a morte recente do marido e com as duas filhas pequenas que tinham perdido o pai, a corinthiana decidiu colocar a ala na avenida.

Ele era uma espécie de conselheiro de plantão do pessoal da quadra e tinha o costume de conversar ao lado do bar onde hoje temos “O Canto do Jogador”, que é uma homenagem a este personagem da história dos Gaviões. Lá acontecem as rodas de samba e é o local preferido dos Gaviões para colocar a conversa em dia.

E que assim seja! Que esses exemplos de Corinthianismo nos façam buscar sempre e mais a essência do que é ser Gavião.

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Tira o cinto, Neco!

Ligia Francilino


O primeiro grande ídolo do Corinthians, Neco foi o jogador que mais atuou no clube, foram exatamente 18 anos de devoção. Com 8 títulos, foi também o jogador que mais conquistou o campeonato paulista pelo Timão.

Neco era reconhecido pela famosa garra alvi-negra, não admitia derrotas, alegava que não jogava por dinheiro, e sim pelo amor a camisa corinthiana, e que por conta disso perdera muitos empregos.

Gostava de intimidar os seus adversários, ameaçando retirar o cinto utilizado na época para segurar os calções. Neco enlouquecia a torcida que gritava: “Tira o cinto, Neco”.

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Gaviões e os movimentos sociais

Erika Papangelacos

No 3° dia de debates, em 8/11, o tema foi “Gaviões da Fiel e movimentos sociais”.
Para quem não sabe, os Gaviões nasceram em plena ditadura e sempre se engajaram em questões políticas e sociais do país. Começou em 1969 pela Anistia ampla, geral e irrestrita, levantando uma faixa no Morumbi.


Todo e qualquer movimento social, com ideologias compatíveis com as dos Gaviões, são apoiadas. Um deles é o MST Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Os Gaviões têm um Departamento Social, Cultural e de Comunicação, criado em 1995, e foi muito discutido no debate. Isso foi importante para todos que estavam presentes e que ainda não conheciam essa iniciativa dos Gaviões. Infelizmente, é o lado que a mídia não mostra e essa foi uma ótima oportunidade de mostrar todos os nossos projetos de inclusão social, entre eles a escolinha de futebol, a capoeira, o cine gavião, a biblioteca, os eventos culturais para as crianças.

Os participantes da mesa foram Tony Rocha e Letícia Barqueta (MST), Alex Sandro Gomes, o Minduim, (diretor-social dos Gaviões da Fiel) e Élvio Martins Rodrigues (Geografia - USP) como mediador.

O Informativo da Fiel é uma iniciativa do Departamento Social, Cultural e de Comunicação.

Wednesday, November 22, 2006

Fotografia de Ed Viggiani para o livro Brasileiros Futebol Clube

Convocação para doação de sangue alvinegro

A torcida do Corinthians promete quebrar mais um recorde.

Em comemoração aos 30 anos da "Invasão Corinthiana ao Maracanã", em 1976, quando mais de 70.000 corinthianos invadiram o Rio de Janeiro para assistir a semi-final do Campeonato Brasileiro, o maior deslocamento humano em tempos de paz já visto pela humanidade, a ONG Corinthians para Corinthianos, em parceria com a Fundação Pró-Sangue, realizará uma campanha de doação de sangue junto com uma exposição sobre a Invasão.

Vamos promover uma nova invasão para ajudar o próximo!

Data: 03 - 12 - 2006 (Domingo)
Horário: 8:00 h às 14:00 h.
Local: Posto Clínicas - Avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 155, 1 andar (metrô Clínicas)
Disque Pró-Sangue: 0800-55-0300

Haverá a presença de ex-jogadores, alem da exposição e filmes sobre a Invasão Corinthiana de 1976.

Tuesday, November 21, 2006

Fantasia do Departamento Social





















A novidade para o desfile de 2007 é a Ala do Departamento Social dos Gavioes da Fiel.
Esta Ala será composta por deficientes físicos, membros de comunidades carentes, militantes dos movimentos sociais, intelectuais, profissionais de diversas áreas, como saúde, esporte e educação e colaboradores da ala.
- Parcelamento de venda em 4 vezes.
Toda arrecadação será destinada ao Centro Social Cultural Gaviões da Fiel (em frente ao Barracão).
Os pilotos das fantasias foram apresentados no último ensaio, dia 17/11.
Esta é a Cecília, desfilando a Fantasia da nova ala.

MANIFESTAÇÃO DOS GAVIÕES

MANIFESTAÇÃO DOS GAVIÕES

Friday, November 17, 2006

Informativo da Fiel 8





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Ano I - nº 8 17 a 24 de novembro de 2006
Diagramação: Luciano Ferraz
A semana que entra para a história

Na semana de 6 a 10 de novembro, aconteceu na Puc (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), um ciclo de debates do projeto “Metrópole, Identidades e Futebol. Uma nação chamada S. C. Corinthians Paulista”. A iniciativa deste projeto foi do Museu da Cultura da PUC-SP em parceira com os Gaviões da Fiel, o que tornou o evento ainda mais emocionante e construtivo.

Foi uma semana com casa cheia de interessados, personalidades, pesquisadores, estudantes, intelectuais, ex-jogadores, professores e torcedores de todos os tempos da história do Alvinegro. absolutamente tomados da responsabilidade de transformar os estatutos atuais, que mantém uma política corrupta e continuísta no S. C. Corinthians Paulista.

Na abertura do evento, sob o hino do Corinthians entoado por todos os presentes, aproveitamos a oportunidade para homenagear aqueles que fizeram a alegria de nossos pais e avós, os jogadores campeões do torneio do IV Centenário em de 1954. Estavam presentes Idário, Carbone, Nardo e Julio. Os gaviões aproveitaram também para homenagear aquele que representa a ideologia e força da nossa entidade, Julião, um dos fundadores dos Gaviões da Fiel.

Nas mesas, compartilhamos aprendizado e emoção. Discutimos entre tantas coisas a contextualização histórica da cidade de São Paulo na década de 1950; o Corinthians nos tempos de Várzea e toda a sua história; a fundação dos Gaviões da Fiel em plena ditadura; a iniciativa dos Gaviões em criar um Departamento Social, Cultural e de Comunicação; como os Gaviões passaram a ser “Uma torcida que samba”; a presença da mulher numa torcida organizada e nos estádios; o fato da mídia transformar o futebol em um espetáculo; a importância do futebol na Universidade; ações de combate à violência nos estádios paulistas, para que o torcedor tenha o direito de assistir ao futebol com segurança. Fechamos a semana com ex-jogadores e um público estrondoso que discutiu a grandeza da Democracia Corinthiana em tempos de combate e resistência do regime militar dentro e fora do clube.

Para os organizadores, essa semana foi um marco na história do Corinthians, um conjunto de forças que dá início a novos projetos discutidos entre torcedores e convidados para melhorar a atual situação do Coringão. Dessa forma, buscaremos caminhos, idéias e aliados para reestruturar nossa luta no combate à ditadura que persiste no Corinthians.

Através da Lealdade, da Humildade e do Procedimento, manteremos a corrente unida e ela jamais se quebrará.

Fala, Fiel

Depoimentos sobre o Evento na Puc

"Tive uma grata surpresa ao participar deste evento, A seriedade da organização era refletida na pontualidade e respeito conquistado a cada mesa de debate. Lá, além de conhecer mais sobre a história e sobre os verdadeiros ídolos do nosso passado glorioso, tivemos a oportunidade de conscientizar a muitos dos torcedores Corinthianos presentes, sobre o importante papel do torcedor de não se calar diante de toda esta sujeira, indiferente de gols, vitórias e contratações; além de esclarecer qual o papel que o Gaviões vem desempenhando dentro desta luta, sempre apoiando e torcendo pelo Corinthians, aonde quer que ele vá, porque a nossa corrente, é realmente uma corrente muito forte e o que todos nós queremos mesmo é garra, raça, vitórias, força e mais do que tudo, que eles honrem a camisa. Ah... queremos também o Corinthians sob nova direção! Tenho certeza de que muita gente esta pensando diferente sobre a política interna do Corinthians depois desta semana..."

Adriana Teodoro

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"Quero agradecer a oportunidade de ter participado desse evento. É um orgulho e uma honra falar de Corinthians. E muito mais gratificante saber que o Corinthians faz parte de discussão do meio acadêmico, que muitas vezes marginaliza o futebol. Parabéns aos organizadores pela iniciativa. Que seja a primeira de muitas até o nosso centenário em 2010"

Leco Polegar

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“O evento realizado nesta última semana na PUC, abordando vários aspectos da história e da vida, tanto do Corinthians como dos Gaviões, mostra a importância de iniciativas como essa, capazes de trazer para os participantes uma visão diferenciada sobre o que são os Gaviões da Fiel e qual a sua importância. Não foram poucos os que disseram estar pela primeira vez em contato com a voz dos Gaviões da Fiel e que se mostraram surpresos pelas nossas idéias e condutas. Vale ressaltar também, a falta de compromisso dentre muitas lideranças da torcida, que não se deram ao trabalho de aparecer um único dia no evento. Para quem se diz preocupado com o Corinthians, para quem pensa em assumir a torcida, uma boa hora para perceber que os Gaviões têm setores que funcionam sozinhos, e que merecem prestígio, por ter muito a ensinar para todos nós. Saudações corinthianas”

Thomas Castilho

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“O seminário Metrópole, Identidade e Futebol foi um evento prase guardar por toda a vida. Fora a emoção de poder encontrar com lendas vivas que fizeram gerações apaixonarem se ainda mais pelo Corinthians, eu pude aprimorar a minha opinião sobre diversas questões socioculturais envolvendo o futebol. Por exemplo, mudei o meu conceito pra melhor sobre o MST, que assim como os Gaviões e outras torcidas organizadas, são constantemente discriminados pela imprensa sensacionalista e porque não dizer autoritária. Além disso, foi muito empolgante descobrir detalhes peculiares de São Paulo e dessa nação chamada S.C.Corinthians Paulista.”

José de Souza Medeiros Filho - 34 anos - Publicitário


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"Foi de extrema importância o Museu da PUC abordar temas envolvendo o futebol e sua abrangência dentro da Universidade. As mesas escolhidas envolvendo o futebol e sociedade, mídia, gênero, movimentos sociais, o corinthianismo, msi, democracia corinthiana aflorou as esperanças dos corinthianos presentes. O que senti nas discussões foi perspectiva de mudanças no Corinthians já. Temos que realizar mais eventos neste nível. Parabéns a todos que organizaram."

Pulguinha Vice-Presidente do Grêmio Gaviões da Fiel


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“A atividade foi uma grande contribuição para alimentar o debate sobre o Corinthians, futebol, Gaviões, torcidas organizadas sob um olhar mais atento e histórico. Espaços como esse deveriam ser multiplicados, em vários outros ambientes, para "revelar" aspectos sociais que dificilmente são vistos sem a carga do preconceito. O debate sobre as ações dos Gaviões em relação às questões sociais mais amplas e a sua atuação junto aos movimentos que buscam uma sociedade justa foi muito importante. Contribuiu para compreender que é possível superar as características alienantes que a elite impôs ao futebol, e perceber que a força popular que gira em torno do futebol, do Corinthians, dos Gaviões, pode somar nas ações por um mundo melhor.”

Letícia Barqueta

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“A grandeza desse espetáculo retrata a força dos Gaviões da Fiel.”

Alex Minduín

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O Informativo da Fiel é uma iniciativa do Departamento Social, Cultural e de Comunicação.

Texto publicado no Informativo 6

Minha primeira vez num estádio

Por Elaine Leme

Domingo, dia 10/07/05, fui com uma amiga em um jogo, no Morumbi. Escrevi o depoimento abaixo pra relatar todo meu sentimento naquele momento. Só para constar, neste dia eu fiquei no meio da massa Corinthiana.

Fui surpreendida ontem com o poder que as emoções têm. Meu programa escolhido para este fim de semana foi assistir o grande duelo paulista Corinthians e Palmeiras. Foi assim, acompanhada de uma amiga, que subi pela primeira vez a rampa do Morumbi.

Vestida totalmente de preto, na entrada do portão laranja encontrei alguns amigos que fazem parte da bateria da escola Gaviões da Fiel. Logo, fui sendo conduzida para a arquibancada e, ainda na rampa, experimentei a vibração dos gritos de “Timão, Timão, Timão!”, que a torcida fazia ecoar pelo histórico concreto. A cada minuto que passava fui sendo envolvida por aquela imensidão de vozes.

O jogo começa e, como que por meio de magia e aos berros da torcida, mas mesmo com tanta vibração o primeiro tempo termina empatado, com desperdiço de gols dos dois times. No intervalo, todos sentam minimizando seus ânimos.

O jogo recomeça e, a rivalidade impõe o ritmo de jogo. Afinal o vencedor desse jogo ocupara uma melhor posição no Campeonato Brasileiro. Os gols vão saindo por ambos os times.

Com o segundo gol do Corinthians a euforia toma conta dos torcedores, e a massa urra nas arquibancadas. Minutos depois o Corinthians faz o terceiro gol, levando a torcida uniformizada de preto e branco ao delírio final. O time do Parque São Jorge venceu 3 X 1. Com isso, aprendi que ganhar um clássico de virada é, e sempre será, muito melhor do que de goleada.

Com este jogo, aprendi também o que realmente é sofrer, gritar e vibrar. Senti a sensações mais profundas, e os mais sagrados prazeres da vitória. Entendi que poucas coisas são mais belas do que uma bela partida de futebol.

INFORMATIVO DA FIEL 7






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Ano I - nº 7 - 10 de novembro a 17 de novembro de 2006

Diagramação: Luciano Ferraz




A origem do Carnaval

A origem da festa carnavalesca é ainda cheia de mistérios e polêmicas. Alguns historiadores defendem que ela teria surgido nos rituais agrários na Grécia Antiga. Já outros dizem que seu início teria acontecido no Antigo Egito ou na civilização Greco-Romana.

O certo mesmo é que o termo "carnaval" surgiu quando a Igreja estabeleceu o período da Quaresma. O carnaval é propriamente à noite antes da Quarta-feira de Cinzas, período em que os fiéis deveriam esquecer os prazeres mundanos e dedicar-se somente ao espírito, a Deus e a meditar sobre Cristo e a sua ressurreição, festejada no fim da Quaresma, no domingo de Páscoa.

Com o passar do tempo foi estabelecido costumes de se realizarem festas nos dias que antecedem esse período de abstinência. Durante a Quaresma, era, como ainda é para muita gente nos dias de hoje, proibido o consumo de carnes. Para muitos esse período era chamado de "adeus à carne", em italiano, "carnevale". Daí surgiu a palavra carnaval.

Após profundas modificações ocorridas decorrentes da Revolução Industrial e da Revolução Francesa, Londres se estabelecia como pólo econômico daquele século e Paris se fixava como o principal centro cultural do período. Daí em diante, a festa vai tomar várias formas até que, no século 19, a burguesia parisiense "inventa" o carnaval. O que não era do gosto dessa classe era desqualificado e considerado algo grotesco, indigno de ser chamado de carnaval. Até então, as formas de se divertir durante o período de Carnaval eram todas consideradas igualmente "carnavalescas", fossem elas do povo ou da elite.

Entretanto, com o advento da nova concepção de Carnaval da burguesia francesa, a coisa mudou de figura. A festa carnavalesca só seria considerada "verdadeira" se fosse brincada ao gosto e ao modo decidido pelas elites dominantes. Para deixar claro o que ela considerava como o verdadeiro e único Carnaval, a burguesia parisiense, legítimo símbolo das elites burguesas do século 19, procura instaurar na festa carnavalesca da cidade o luxo e o esplendor dos grandes bailes mascarados do passado. O período de Carnaval passa a concentrar os maiores bailes à fantasia da temporada de inverno, cujo maior símbolo era o baile da Ópera, que, com isso, se tornaria o modelo imitado por todos os bailes carnavalescos elegantes de Paris e do mundo.

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VOCÊ SABIA?

O símbolo do Corinthians é reconhecido mundialmente, mas a sua forma final só surgiu em 1933, cunhada pelo artista plástico e ex-jogador do time, Francisco Rebolo Gonzales. Ao círculo contendo a bandeira de São Paulo, o pintor acrescentou, em vermelho, os remos e a âncora, representativos dos outros esportes praticados no clube.

Nasceu com a simplicidade das iniciais CP, indicativas de Corinthians Paulista. Passou a ser um brasão com as iniciais SCP, em 1917, quando se completaram os elementos SCCP, Sport Club Corinthians Paulista.

Em 1930, Rebolo passou a trabalhar com o distintivo, transformando-o num círculo que continha o nome do clube, a data de sua fundação e a bandeira paulista no centro, até chegar ao escudo que conhecemos hoje.

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Próximos jogos

12/11, às 16h figueirense x Corinthians (Orlando Scarpelli)
19/11, às 16h Corinthians x fluminense (Pacaembu)
26/11, às 16h botafogo x Corinthians (Maracanã)
03/12, às 16h Corinthians x juventude (Pacaembu)

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"Não agüentamos tanta sujeira no Timão! Mais Respeito”















Foto por Daniel Augusto jr.
(11) 3872-2846/9903-5464

No último Domingo, 05/11, no Pacaembu, durante o jogo do Corinthians 1x0 Santa Cruz,
dezenas de torcedores abriram uma faixa de protesto com os seguintes dizeres: "Não
agüentamos tanta sujeira no Timão! Mais Respeito".

Um protesto pacífico que mostra o sentimento de todos os corinthianos nos dias de hoje.
Ninguém agüenta mais as brigas entre MSI e a diretoria do Corinthians.
O torcedor não quer mais saber da família Dualib no comando do todo poderoso e exige
respeito! Fora Dualib, Fora MSI!

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Saiba mais...

Artilharia 100%

A nação Corinthiana jamais esqueceu a década de 50. O ataque dos 100 gols entrou para a história do Corinthians e do Paulistão. Em 1951, a linha de frente do Corinthians, composta por Cláudio, Carbone, Baltazar, Luizinho e Mário, marcou 103 gols em apenas 30 jogos do Campeonato Paulista. A média era de 3,43 gols por partida.

Naquele ano, o Timão se consagrou campeão do Paulistão e Carbone foi o artilheiro do campeonato com 30 gols. Baltazar, Cláudio e Luizinho ganharam bustos no Parque São Jorge.

Baltazar: conhecido como o "cabecinha de ouro", marcou de cabeça 150 dos seus 267 gols, em 13 anos de Corinthians. Sabia muito bem de sua melhor qualidade: "Nunca fui bom com os pés.
Mas ninguém, nem Pelé, foi melhor do que eu de cabeça".

Cláudio: mais conhecido como "gerente", foi assim apelidado por ser o maior goleador da história do Corinthians. Mesmo sendo pontadireita, marcou 295 gols em 15 anos de Timão.

Luizinho: é recordista com 589 jogos disputados com a camisa corinthiana em 25 anos de clube.
Para ele a Fiel torcida tem pelo menos 50% de mérito em todas as conquistas do Corinthians.


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O Informativo da Fiel é uma inciativa do Departamento Social, Cultural e de Comunicação.

INFORMATIVO DA FIEL 6






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Ano I- nº 6 - 27 de outubro a 10 de novembro de 2006

Diagramação: Luciano Ferraz

Você Sabia?

Faltou!
Para alguns leitores atentos, faltou no Informativo nº 1 a explicação para o Corinthians ter trocado a cor da camisa.
Há uma curiosa história sobre as camisas do time do Corinthians. No início elas eram de cor creme, com punhos e gola pretos. Após, muitas lavagens a camisa foi perdendo a cor e a diretoria do clube, que não tinha dinheiro para comprar um novo jogo de camisas, decidiu adotar o branco como cor oficial do uniforme do time e continuar com o antigo jogo de camisas. O uniforme definitivo foi lançado em 1917, sendo o número um formado por camisa branca e calção preto, e o dois por camisa preta com listras verticais brancas e calção preto. Nascia, então, o nosso grandioso alvinegro.









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A terceira parte da entrevista com o Sócrates sobre sua participação no Corinthians e na Democracia Corinthiana teve sua publicação adiada no Informativo da Fiel por conta da atual situação do time no Campeonato Brasileiro e das investigações da parceria no Ministério Público Federal. Segue abaixo a terceira e penúltima parte da entrevista com o Doutor.
Foto por Daniel Augusto Jr.
(11) 3872-2846/9903-5464
Qual foi a participação do Corinthians na redemocratização do País?
Queríamos provocar uma discussão pública do que fazíamos no clube. Nós também queríamos mudar o País. Aproveitar o espaço que tínhamos. Temos um grande problema no Brasil: a maior parte da população brasileira não tem a capacidade de discernimento. Muita gente aqui nunca estudou. Só que a linguagem do futebol é comum ao país todo e não é a toa que o nosso presidente hoje usa a metáfora do futebol a todo o momento. Ela é entendida por todo mundo. Nós usamos um meio que muita gente tinha acesso, a forma de se expressar para discutir o país. O Corinthians teve um peso fantástico na transformação democrática do Brasil.
A partir disso, você acha que é possível mudar o mundo a partir de uma mudança no futebol?
Primeiro é preciso entender como é que se comunica melhor, com muito mais gente. Por meio das culturas populares, como o futebol, a música e a dança, se atinge mais gente. A partir dessas formas de expressão humana você consegue se comunicar melhor e agregar
mais valores. E as pessoas se unem em torno desses valores. O brasileiro é individualista, falta espírito comunitário. É a nossa grande carência enquanto sociedade. Para mudarmos esse País nós precisávamos passar a vê-lo em conjunto, e não no próprio umbigo. E a estrutura do futebol é uma das únicas que tem raízes fortes no espírito comunitário. A Gaviões é uma sociedade organizada, mas quantas mais nós temos no País? São pouquíssimas e pulverizadas. A gente muda um País quando mudamos as relações humanas e mudamos a forma como essas relações existem.
Hoje, Vicente Matheus virou uma lenda entre os corinthianos. É visto como o presidente que
nunca mais teremos. Como era ser seu adversário político?
Vicente foi o único presidente de clube que também era ídolo que eu conheci. Existem razões para isso. Primeiro que existia muita identificação entre ele e a torcida corinthiana. Ele era uma pessoa interessante porque ele tinha uma linguagem próxima, uma postura muito semelhante a do povo brasileiro. Ninguém fazia melhor o seu marketing pessoal do que ele. E era muito justo, um cara de palavra. O reconheço como um grande adversário político que jogava de forma humana. Não era um cara que jogava sujo. Ser opositor a um cara como esse não era um tiro no pé? A questão não era o indivíduo, mas política. Ninguém era contra o Vicente Matheus. O discurso era contra o sistema, a estrutura. E a torcida entendia isso? Não tenho dúvida. Era um presidente supervalorizado pela torcida, mas naquele processo tinha que ser derrotado porque não era uma questão administrativa ou paixão pelo Corinthians. Era algo muito maior. E não era só o Corinthians que estava em jogo. O povo brasileiro, representado pela torcida do Corinthians, sacou isso rapidamente. O que estava em jogo era a questão política do País. Vicente Matheus representava o conservadorismo e nós o progressismo. Naquele momento era o que nós queríamos e a maior parte da torcida do Corinthians também.
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Resgate histórico
Nem só do presente vivem os Gaviões. A nossa história se fundamentou em um espírito de luta social e política contra a ditadura da diretoria do Corinthians e do nosso país. Os Gaviões nasceram pra poder reivindicar !!! E por acaso você já testou seu conhecimento sobre nossos presidentes e vices? Eles fizeram e fazem a nossa história, junto com outros Gaviões que representam a nossa entidade. Veja agora quem foram eles e aproveite para aprender um pouco mais e se preparar para as eleições de 2007:
1969 - Flávio Garcia La Selva / Alcides Jorge de Souza Piva (Joca)
1971- Alcides Jorge de Souza Piva (Joca) / Mário Luiz Guirado
1973 - Júlio César de Toledo (Julião) / Cláudio Simões
1975 - Andrés Moreno Castilho / Adalberto Viana Jr.
1977 - Cláudio Simões / Sabá
1979 - Roberto Daga
1981 - Tadeu Aparecido de Souza Piva / José Rifai Daguer
1983 - Luiz Antônio Achôa Mezher (Magrão) / Marcelo
1985 - Avelino Leonardo Gomes (Bigode) / José Lucas Amaral da Silva (assumiu final da gestão) 1987* - Ariovaldo Aparecido da Silva (Ari) / Antônio Goulart dos Reis
1989 - Luiz Antônio Achoa Mezher (Magrão) / José Cláudio de Almeida Moraes (Dentinho)
1991 - Alex Simão Araújo / Eduardo Rosemberg (Duda)
1993 - José Cláudio de Almeida Moraes (Dentinho) / Darcivan Oliveira Barbosa
1995 - Paulo Eduardo Romano (Jamelão) / Douglas de Ungaro (Metaleiro)
Os últimos 8 meses dessa gestão foram assumidos por Eduardo Rosemberg (Duda) Sérgio Romano (Paracatá)
1997 - Douglas de Ungaro (Metaleiro) / Cristian Danuzio Parente (Zinho)
1999 - José Cláudio de Almeida Moraes (Dentinho) / Wellington Rocha Jr. (Tonhão)
2001 - Marcelo Caetano Caneiro (Pancho) / Ronaldo Pinto
2003 - Ronaldo Pinto / Anderson Augusto (Sabará)
2005* - Wellington Rocha Jr. (Tonhão) / Wildner D' Paula Rocha (Pulguinha)
*Esses presidentes e seus vices foram eleitos por voto direto dos associados, ou outros foram eleitos pelo Conselho Deliberativo dos Gaviões da Fiel.
**Agradecimentos especiais ao Paracatá e Paulinho (Velha Guarda).

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Esse será mais um espaço para nossos textos, nossas fotos, nossas produções, nossa comunicação. Somos mulheres da Gaviões da Fiel Torcida.