Informativo da Fiel 10

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Ano I nº 10 - 1 a 7 de Dezembro de 2006.
Diagramação: Luciano Ferraz
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Mariana Cordovani
O ano de 2006 não foi tão bom quanto o esperado para o Coringão, tetracampeão brasileiro do ano passado.
Classificado para a tão sonhada Copa Libertadores, começou o ano aos tropeços nas contratações. A diretoria trouxe de volta Ricardinho e Marcelinho Carioca, contratou o atacante Rafael Moura do Paysandu, o goleiro da seleção chilena Johnny Herrera, o volante Xavier do Vitória, o lateral Rubens Junior, o meia Renato do Atlético Mineiro e o goleiro Silvio Luis do São Caetano.
Antonio Lopes pediu demissão em março, devido aos maus resultados no Campeonato Paulista. Ademar Braga assumiu o time interinamente e foi efetivado após algumas vitórias. O Timão acabou o Paulistão de 2006 na 6ª colocação.
Vieram, então, o Campeonato Brasileiro e a Libertadores. Nessa última o Corinthians se classificou em primeiro lugar do grupo aumentando as expectativas e esperanças do título inédito para Fiel. Mas no seu caminho encontrou o River Plate da Argentina nas oitavas-de-final. No jogo de ida, em Buenos Aires, os donos da casa ganharam por 3 a 2. Na volta, no Pacaembu, o sonho parecia estar bem próximo de se tornar realidade com o gol do Corinthians no primeiro tempo. No entanto, no segundo tempo, levou três gols de virada e ficou mais uma vez fora da competição. Os resultados dos jogos foram:
1ª fase
Dep. Cali 0 x 1 Corinthians
Corinthians 2 x 2 U. Católica
Tigres 2 x 0 Corinthians
Corinthians 1 x 0 Tigres
U. Católica 2 x 3 Corinthians
Corinthians 3 x 0 Dep. Cali
Oitavas de final
River Plate 3 x 2 Corinthians
Corinthians 1 x 3 River Plate
Diante desse fracasso, o Corinthians se concentrou no Brasileirão e na Copa Sul-Americana. Ademar Braga foi substituído por Geninho, pela segunda vez no clube. Porém, uma série de derrotas deixou o Timão na zona do rebaixamento por 16 rodadas, sendo quatro delas em último lugar, o que resultou na saída de Geninho. O Corinthans trouxe, então, Emerson Leão, atual treinador. Essa contratação pôs fim aos jogadores argentinos no Timão.
Na Sul-Americana o Corinthians fez uma campanha curta e feia. Foi desclassificado nas oitavas de final por mais um argentino, dessa vez o Lanus. Resultados:
1ª fase
Vasco 0 x 1 Corinthians
Corinthians 3 x 1 Vasco
Oitavas
Corinthians 0 x 0 Lanús
Lanús 4 x 2 Corinthians
No final de agosto, Carlitos Tevez e Mascherano foram negociados com o West Ham da Inglaterra. Ricardinho e Marcelinho também saíram e vieram Magrão, Amoroso e César.
Nenhuma dessas contratações e mudanças empolgou o torcedor alvinegro, mas Leão conseguiu tirar o time da zona de rebaixamento e hoje, a um jogo do final do campeonato, o Corinthians está na décima posição.
Não podemos esperar muito para o ano de 2007, nem mesmo Leão espera. O grupo não está definido e as contratações pedidas dificilmente sairão. Já estão dispensados do time os goleiros Johnny Herrera e Silvio Luiz, os meias Renato e Ramon, o zagueiro André Leone, o lateral Rubens Júnior e o atacante Rafael Moura.
Entre os nomes citados por Leão para a próxima temporada estão o meia Lúcio, do Fortaleza, o zagueiro Gustavo, do São Caetano, e o atacante Marcus Aurélio, do Atlético-PR.
É ver para crer! Porque com essa diretoria e parceira que tomam conta do nosso alvinegro, é difícil “esperar para ver”. Se esperarmos muito, as coisas podem ficar ainda piores e a Fiel vai cumprir seu papel: fiscalizar, cobrar e apoiar o Corinthians, até o fim!
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Subsede de Brasília comemora 13 anos
Érika Papangelacos
A Festa de 13 Anos dos Gaviões-DF, contou com cerca de 300 pessoas, além de corinthianos de Fortaleza-CE, Goiânia-GO e São Paulo.
O início da celebração foi às 16h30 com um jogo de futebol amistoso contra a Seleção de Jornalistas Esportivos do DF, onde os Gaviões-DF venceram por 10 x 4.
Logo em seguida, ocorrerão apresentações culturais. O pagode ficou por conta do Grupo Sambrasília. Já o rap esteve sob comando d o DJ Eljay e do rapper Look. A Bateria Show do Bloco de Rua dos Gaviões-DF também se apresentou.
A festa se estendeu até às 2h da manhã. Parabéns, Subsede de Brasília.
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Puro Sangue
Carine Almeida
A tradição do Corinthians nas categorias de base é indiscutível. Enfatizar a importância de jogadores lá revelados como Wladimir, Ronaldo e Casagrande, entre outros, torna-se redundante.
Durante vários períodos no Corinthians, temos visto que jogadores das categorias de base vêm conquistando, mesmo a duras penas, uma posição no time principal. Não cabe aqui fazer comparações, nem ao menos citar esse ou aquele jogador. O que temos assistido é que constantemente esses “meninos”, quando exigidos, expõe aquela face do futebol que muitos de nós já não vemos com tanta freqüência: o de jogar por amor à camisa!
É claro que só amor não conta, o importante na competição é marcar três pontos, mas um pouco de amor, mesmo que com pouca experiência e dificuldade técnica, nos faz sair do estádio mais orgulhosos.
Hoje o futebol amador foi transferido para o Centro de Treinamentos de Itaquera, onde esses meninos motivados pela paixão ao clube e perspectivas de um futuro promissor transpiram a camisa, doam os melhores anos de suas vidas, enfrentam dores musculares cruéis e desapontamentos, tudo em nome da sua paixão pelo futebol. Mas, qual será uma das maiores alegrias para esses meninos? Sem dúvida nenhuma ter seu nome cantado pela Nação Corinthiana. Então, cabe a nós fazermos pelo menos essa parte de seus sonhos realidade!
As equipes Sub-15 e Sub-17 estão nas finais do Campeonato Paulista, ambos contra o São Paulo. Os últimos jogos de nossos “futuros heróis” serão nos dias 2 de Dezembro no Morumbi e 3 de Dezembro no Parque São Jorge, respectivamente.
Além de apoiar, devemos cobrar da diretoria do clube investimento na categoria, que foi sucateada com essa parceria entre Corinthians e MSI.
Ligia Francilino
Quem nunca pegou a linha leste-oeste do metrô e desceu na última estação do lado leste? Ou pelo menos já ouviu falar nessa estação do metrô? Pois é, a estação Corinthians Itaquera possui essa grandiosa nomenclatura exatamente por abrigar o Centro de Treinamento do Corinthians, o famoso “terrão” que fica localizado no bairro de Itaquera, grande reduto corinthiano da cidade de Sampa. Para cada 5 pessoas de Itaquera, 4 são corinthianas.
O terreno possui aproximadamente 200 mil metros quadrados e foi cedido pela prefeitura de São Paulo por 99 anos, com a condição de que fosse construído um estádio no local. Pela ausência do estádio que até hoje não foi construído, em 1993 o Corinthians perdeu o direito de uso da área, mas conseguiu reavê-la com a alegação de que o construiriam. Passaram exatos 13 anos e a fiel ainda não possui o tão aguardado estádio.
No local há um alojamento para abrigar os jogadores com a infra-estrutura de 24 apartamentos, restaurante, estacionamento, drenagem no gramado e uma série de outras vantagens.
Quem tiver o interesse em conhecer o “terrão” do Timão, a maneira mais prática é de metrô (mesmo com a exorbitante tarifa), pois o CT fica exatamente em frente à estação.
Leonor Macedo
Corinthiano tem em todo o lugar e do outro lado do mundo, no Japão, eles são muitos. Há pouco mais de um ano, alguns deles se encontraram no fórum do site dos Gaviões da Fiel e resolveram se reunir pessoalmente também para falar de Corinthians, Gaviões da Fiel e Brasil. Assim surgiu a Fiel Japão.
O coletivo (que não é uma subsede) cresce a cada dia porque o número de brasileiros, corinthianos e associados dos Gaviões que tenta ganhar a vida no Japão é grande. Desde 2005, as confraternizações da Fiel Japão ficaram mais freqüentes e no fim-de-semana passado mais de 150 corinthianos comemoraram o primeiro aniversário do grupo.
A festa, também repleta de crianças e mulheres corinthianas, teve a batucada da bateria dos Gaviões Japão, além do sorteio de vários brindes. O mais especial foi uma camisa do Corinthians autografada por todos os jogadores.

Parabéns aos Gaviões da Fiel do Japão, que nos representam sempre carregando nossa bandeira do outro lado do planeta e que lutam com muita garra para vencer os desafios que a vida oferece, entre eles a saudade enorme do nosso Corinthians e do nosso Brasil.
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Elaine Leme
Há quase 3 anos, mais exatamente em 15 de maio de 2003, foi aprovado o Estatuto em Defesa do Torcedor (Lei 10671). A lei estabelece normas de proteção e defesa a toda pessoa que aprecie, apóie ou se associe a qualquer entidade de prática desportiva do país. Só que a realidade ainda é outra.
Os torcedores sofrem com o desrespeito dentro e fora dos estádios como as condições precárias, tanto de higiene quanto de segurança nos estádios, a falta de segurança decorrente de brigas com torcedores rivais, além da violência da PM, a reserva de vendas de ingressos para estudantes, o acesso fácil para deficientes, os excessivos preços dos produtos alimentícios, acesso com transporte seguro e organizado pelo clube mandante, a emissão de nota fiscal do ingresso, o pronto acesso ao ouvidor no estádio ou no próprio clube, orientadores a serviço de atendimento para que aquele encaminhe suas reclamações no momento da partida.
Segundo a Lei 10671, temos direito a todos estes benefícios. Mas vemos que a falta de organização e as práticas anacrônicas de gestão predominam nas práticas desportivas, assim como se alastra em nosso país.
E de quem é a responsabilidade pelo não cumprimento do Estatuto? O torcedor, o clube ou o Estado? É preciso mudar a mentalidade deste país, uma mentalidade que incentiva a mediocridade, além do medo que as pessoas têm de cobrar pelos direitos que nos protegem.
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