Thursday, December 28, 2006

AMOR, PAZ E MUITAS REALIZAÇÕES EM 2007, 2008, 2009...................

Desejamos muita paz e saúde a todos nossos amigos corinthianos.
Feliz 2007!
É o que deseja o Departamento Social, Cultural e de Comunicação dos Gaviões da Fiel.

Wednesday, December 27, 2006

Texto tirado do livro "Gaviões da Fiel - futebol, carnaval e identidade", autoras Mailu Teixeira Cardoso e Thaís Argôllo Coutinho

Do outro lado do mundo
No dia 18 de setembro de 2005 nasceram os Gaviões da Fiel Japão. A entidade foi idealizada por oito associados dos Gaviões no Brasil, todos descendentes de japoneses, que moram e trabalham lá: Ricardo Saka, Julio Gushiken, Marcio Yanai, Ronaldo Hideo Yshigaki, Mauricio Okabayashi, Fernando Okabayashi e Harry Takeshi. O oitavo é Cleiton Lima Kamiya, de 34 anos, operário. Ele é sócio dos Gaviões desde 1991 e mora há seis anos no Japão, onde cuida do Departamento de Carteirinha da sub-sede. A entidade foi criada como um meio de amenizar a distância que os separava do Corinthians. "Chegando aqui conheci alguns gaviões, e, conversando, resolvemos fazer alguns encontros pra matar a saudade do Timão e da torcida, mas a cada festa foi aumentando o número de corinthianos.
Um dia, voltando do trampo, vi um gavião fardado. Começamos a conversar. Ele conhecia outros e o pessoal começou a se juntar. Hoje estamos com mais de 200 associados", conta Cleiton. O grupo se encontra a cada três meses, aproximadamente, quando realizam bingos, sorteios, entrega da carteirinha dos novos associados e, como não podia faltar, churrasco, bateria e futebol.
Por causa da distancia e pelo pouco tempo de existencia, a sub-sede no Japão ainda não foi oficializada pelos Gaviões, mas eles são autorizados a vender artigos da torcida e a fazer novos sócios. Por enquanto, não há um espaço próprio. Geralmente os encontros acontecem em quadras alugadas ou parques da prefeitura da cidade de Shizuoka, onde mora a maioria dos associados. "Mas tem gente de todo o Japão, que viaja cinco, seis horas só para or aos encontros." A festa em comemoração ao aniversário de um ano foi na cidade de Gifu.
Os diretores no Japão sempre se comunicam com a sede por telefone e pela internet e contam com o apoio da associada no Brasil, Miriam Aiko Yokomizo. "Ela sempre nos ajudou, é nossa porta-voz e nos representa na sede, no Brasil, entre outras coisas. Quando ela veio para o Japão, em agosto de 2006, foi maravilhoso. Fizemos a maior festa, com direito a churrascada e bateria! Todos aqui estavam ansiosos para conhecê-la. Ela é um ser humano maravilhoso, uma guerreira", conta. Em retribuição a tanta dedicação, Miriam foi nomeada Madrinha dos Gaviões Japão e, na data de sua visita ao paíes, foi homenageada com uma placa de agradecimento.
Viver longe do país de origem, muitas vezes trabalhando mais de 12 horas por dia, é dificil, ainda mais em uma cultura tão diferente da brasileira. Mas, no Japão, essas pessoas conseguiram criar um pedaço do que mais gostam no Brasil lá. "É um modo de nos sentirmos perto do nosso Corinthians. Os Gaviões representam tudo pra mim, não imagino a minha vida sem essa torcida. L.H.P. diz tudo que um ser humano precisa ter. É muito bom ter um pouco disso aqui também",c conclui Cleiton.

Friday, December 22, 2006

Natal Alvinegro


Sabemos que hoje um cartão como esses não seria lá muito viável...
De qualquer forma, em 1974, os Gaviões deram mais um exemplo de LHP, antes mesmo de adotar o lema. E é isso que nos faz ser essa família maravilhosa, sempre...
Aí vai para que possam apreciar...
Feliz natal à toda nação alvinegra!



Tuesday, December 19, 2006

Texto tirado do livro "Gaviões da Fiel - futebol, carnaval e identidade", autoras Mailu Teixeira Cardoso e Thaís Argôllo Coutinho

Lealdade, Humildade e Procedimento

Historicamente, jogo de Corinthians é sinônimo de estádio lotado, principalmente quando se trata do Pacaembu. Esteja o time uma fase boa ou ruim, os torcedores comparecem para apoiar, como aconteceu durante anos de jejum, época em que a torcida corinthiana mais cresceu. Como diz o compositor Toquinho, em sua canção "Corinthians do Meu Coração", "ser corinthiano é ir além de ser ou não ser o primeiro". Para os Gavões não é diferente.
Durante os noventa minutos de partida, uma única voz parece ecoar do lado corinthiano, na arquibancada do portão principal. Para quem vê de fora, o coro de milhares de tocedores é uníssono e dá a impressão de ter sido incansavelmente ensaiado. Durante todo o tempo a cantoria e as palmas parecem ininterruptas.
Sou maloqueiro
Sou maloqueiro
Corinthiano e sofredor
Graças a Deus!
Entre tantos hinos cantados durante os jogos, esse parece ser o que melhor define um Gavião.
Na torcida organizada, a transmissão da tradição, da historia e do sentimento de amor ao Corinthians aos novatos que decidem frequentar a quadra fica principalmente a cargo do Departamento de Bandeiras, localizado em uma das laterais da quadra, onde também são guardadas as dezenas de faixas e bandeiras dos Gaviões, entre elas um medindo 192 x 40 metros (7680 m2). E lá que os jovens aprendem também a valorizar o lema L.H.P.
Alex Sandro Gomes, o Minduim, de 28 anos, sócio n. 14.044, foi um dos que passaram po lá. Filho de pai angolano e mãe italiana, hoje professor e estudante de História da Pontifíca Universidade Católica de São Paulo (Puc-SP), ele é diretor do Departamento Social, Cultural e de Comunicação dos Gaviões e está na torcida desde 7 de serembro de 1989. O apelido, já abreviado para Mindu, se deve à semelhança de sua cabeça careca com a do personagem Charlie Brown, dos quadrinhos do Snoopy, também conhecido como Minduim no Brasil.
Para ele, que anda quase sempre vestido com calça, paletó e uma das suas camisas sociais bordadas com a abreviação L.H.P. no bolso - que escondem por baixoima tatuagem com a mesma sigla, outra um símbolo do Corinthians e uma terceira, de um gavião - a conduta dos membros do grêmio, principalmente das lideranças, deve sempre condizer com a ideologia e os valores dos Gaviões. Por isso a importância do Departamento de Bandeiras. "É o lugar que inicia todas as gerações e as futuras lideranças, onde o jovem vai aprender o valor de ter e dobrar uma bandeira, de auxiliar a torcida, levar o bandeirão, pegar os instrumentos, aprender e fazer música, ver como funciona parte administrativa, respeitar a hierarquia dentros dos Gaviões. Isso sem que deixe de entender o porquê de agirmos do jeito que agimos, das nossas decisões", diz.
Mindu ressalta que o departamento tem também uma função social. "Ele cria o sentimento de companheirismo, ensina qual o valor que o teu amigo tem. Aqui não tem um colega, aqui tem uma amigo, que vai defender a tua vida por você e você vai defender a dele por ele em qualquer tipo de situação, seja com a Policia MIlitar seja com outras torcidas organizadas, seja em algum tipo de ação contra a nossa entidade.
(Nos meses de Dezembro e Janeiro - estaremos inserindo aqui partes do livro "Gaviões da Fiel - futebol, carnaval e indentidade" - Projeto experimental de Mailu Cardoso e Thaís Coutinho)

Saturday, December 16, 2006

16 anos de Brasileiro


Há 16 anos atrás, no dia 16 de dezembro de 1990, o Corinthians vencia pela primeira vez um Campeonato Brasileiro, em uma final disputadíssima contra o São Paulo, favorito ao título.
O Corinthians de Neto venceu os dois jogos por 1 x 0, com gols batalhados de Wilson Mano (na primeira partida pelas finais) e de Tupãzinho (na segunda), que tornou-se um talismã corinthiano.
Elenco: Ronaldo, Giba, Marcelo Djian, Guinei e Jacenir; Márcio, Wílson Mano, Tupãzinho e Neto (Ezequiel); Fabinho e Mauro (Paulo Sérgio). Técnico: Nelsinho.
Para não deixar que essa data passe sem uma homenagem, uma bela foto do momento do Gol...












Foto: Daniel Augusto Jr.
011/3872-2846011/9903-5464

Thursday, December 14, 2006

Despedida 2006

O ano de 2006 foi intenso para o Departamento Social dos Gaviões da Fiel...
Entre tantos projetos e atividades desse imenso coletivo, as amizades se construíram e fortaleceram...disso nasceu o Informativo da Fiel, assim como tantos outros projetos do Departamento.
Das meninas que se uniram para realizar o Informativo da Fiel, uma divertida despedida desse ano...na esperança de que em 2007 o departamento cresça, se fortaleça e junto com ele o Informativo...
Nosso desejo? Libertadores, uma diretoria digna, fora família Dualib e fora MSI, família Gaviões da Fiel unida e muito, mas muito LHP pra toda nação alvinegra!












Mari, Erikinha, Lelê e Laine

Erika, Lê, Mari e Laine

Fotos por Dudu...ele exigiu os direitos! rsrs

Monday, December 11, 2006

APRESENTAÇÃO DO TCC, TEMA "GAVIÕES DA FIEL, UMA RAZÃO DE SER"







A fiel marcando presença na apresentação do TCC, na Unifieo. Parabéns Dan e Vivi.

Saturday, December 09, 2006

Informativo da Fiel 11



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Ano I Nº 11 7 de Dezembro de 2006.

Diagramação: Luciano Ferraz

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Até 2007

Leonor Macedo

O Informativo da Fiel fecha o ano de 2006 com 11 números rodados. Nasceu da necessidade de democratizar com nossos associados e não-associados informações da sede dos Gaviões, das subsedes, do Corinthians e de futebol. É uma iniciativa do Departamento Social, Cultural e de Comunicação.

O Informativo da Fiel não é profissional, nem feito por profissionais, como tudo nos Gaviões. É feito por associados que acreditam no potencial da entidade e que defendem a comunicação como um importante meio para conquistarmos nossos objetivos.

É feito semanalmente e distribuído sem número de cópias definidas, porque sua impressão ocorre nas máquinas dos trabalhos de quem redige as matérias. Algumas cópias são tiradas na própria quadra.

Costuma ser distribuído na lojinha da sede, nas subsedes e em dias de jogos do Corinthians, na porta do Pacaembu. Até no Japão, entre os associados que lá estão, ele tem sido distribuído. Pode ser acessado online, no
http://falafiel.blogspot.com, ou pode ser solicitado via e-mail, no informativodafiel@gmail.com.

Assim como a Rádio Livre Gaviões da Fiel, o Informativo não segue os padrões das grandes empresas de comunicação. Mantém uma independência ideológica e não tem suas informações ditadas pelas leis do mercado e do consumo. Informação não é mercadoria e nosso Corinthians também não.

O Informativo da Fiel está disponível para todos aqueles que quiserem colaborar com seus textos, sugestões e críticas e é aberto para qualquer associado que quiser produzir sua própria informação. É uma idéia simples e possível, que retorna no início do ano de 2007 com a esperança de um ano melhor para o Corinthians, para a família Gaviões da Fiel e para o torcedor brasileiro.

Feliz Natal e Feliz Ano-Novo!

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30 anos de invasão alvinegra

Mariana Cordovani

Na última terça-feira, 05 de dezembro, a Nação Corinthiana comemorou os 30 anos da invasão no Maracanã, RJ.

A partida aconteceu pelas semifinais do campeonato nacional de 1976, contra o Fluminense. O Coringão já amargava 22 anos sem títulos em sua história e a chegada nas semifinais fez com que a torcida, sempre Fiel, promovesse uma verdadeira invasão alvinegra à capital carioca.

Mais de 70 mil torcedores de carro, ônibus, avião, bicicleta e até a pé, saíram de Sampa para assistir ao jogo.

Esse fato merece ser relembrado sempre, porque é prova do diferencial do espírito corinthiano. Por isso, a Chopperia Estádio e Museu Preto e Branco realizou uma festa que contou com a torcida, inclusive com aqueles que estiveram lá em 76, como Julião e Mancha, além de ex-jogadores como Tobias e Biro Biro. Dentre discursos, gritos de arquibancada e samba, a data ficou registrada e para sempre será lembrada por toda essa Nação.

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Sangue Corinthiano

Carine Almeida

No último domingo, 03 de dezembro, a ONG Corinthians para Corinthianos em parceria com a Fundação Pró-Sangue realizou um evento alusivo aos 30 anos da Invasão Corinthiana no Maracanã.
O objetivo dessa campanha era incentivar a doação de sangue e ainda ter oportunidade de conversar com ex-jogadores. Quem participou não saiu decepcionado, pois além de contribuir para o aumento do estoque do banco de sangue, pôde conversar com nada mais nada menos que o herói da partida: o grande Tobias (ex-goleiro), responsável por defender 3 pênaltis naquele jogo. Ainda puderam conferir uma exposição de fotos e um filme sobre aquele dia memorável!
A campanha teve um resultado muito satisfatório, pois houve um aumento de 10% de doações em relação aos outros domingos. Foram 194 doadores durante o evento, segundo Thiago Rosa Cardoso da Divisão Coorporativa da Fundação.
A todos que participaram fica aqui nosso agradecimento por mais essa grande demonstração de generosidade da Nação Corinthiana, e aos que não puderam participar, ainda é possível doar sangue. Um dos postos da Fundação Pró-Sangue funciona de segunda a sexta, próximo ao Hospital das Clínicas na Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 155 – 1º andar. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone da fundação, no 0800-55-0300.

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“Fora Dualib, Fora MSI” – Mais uma vez a fiel faz seu papel

Elaine Leme


O Corinthians encerrou o Campeonato Brasileiro na 9° colocação, vencendo o Juventude no Pacaembu, por 5 X 3. Com este belo resultado conseguiu se classificar para a Copa Sul-Americana. Embora o time tenha feito bonito em campo, a fiel torcida não deixou de mais uma vez protestar contra a diretoria do clube. Num manifesto pacifico e organizado, com dezenas de cartazes com mensagens como: “Fora Dualib”, “Fora MSI”, “Mensalão Não”, “Cadê Nosso Estádio?”, Timão merece respeito”, “Exigimos Explicação”, “Conselho Oportunista”,”Oposição Oportunista”, “O Povão está revoltado”, “Fora Carla”. Os torcedores manifestaram também através de gritos suas opiniões numa tentativa de influenciar a opinião de pessoas éticas que dirigem o clube. Se ainda existirem...

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Confraternização da arquibancada

Erika Papangelakos


O fim de ano chegou e a família Gaviões da Fiel não podia deixar passar em branco. Por isso, realizou em nossa quadra o III GRANDE FESTIVAL DE CONFRATERNIZAÇÃO DE FIM DE ANO - SUBSEDES E TORCIDAS DO CORINTHIANS.

O Festival aconteceu no dia 2 de dezembro, com valor simbólico de R$ 3, 00.
A festa começou às 12h e só terminou na madrugada com muito samba e churrasco!

Os times convidados para fazer parte dos amistosos foram:

Gaviões da Fiel
Subsede Guarulhos
Subsede Abc
Subsede Piracicaba
Subsede Indaiatuba
Subsede Sorocaba
Subsede Brasília
Subsede S.J. Rio Preto
Subsede S.J. Campos
Coringão Chopp
Pavilhão 9
Camisa 12
Estopim da Fiel

Agradecemos a presença de todos nessa confraternização da arquibancada!

"A corrente jamais será quebrada"

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Você Sabia? Parabéns para a nação!

Ligia Francilino

No dia 16 de dezembro, a nação corinthiana comemora o 16º aniversário do primeiro título de campeão brasileiro conquistado pelo Corinthians em cima do eterno freguês, o São Paulo.

Mais uma vez, a torcida lotou o Morumbi e com um gol de Tupãzinho, o Coringão se consagrou Campeão Brasileiro de 1990.

Ficha Técnica:

Corinthians 1 x 0 São Paulo-SP
Gol: Tupãzinho
Estádio: Morumbi
Árbitro: Edmundo Lima Filho (SP)
Elenco: Ronaldo, Giba, Marcelo Djian, Guinei e Jacenir; Márcio, Wílson Mano, Tupãzinho e Neto (Ezequiel); Fabinho e Mauro (Paulo Sérgio). Técnico: Nelsinho


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O Informativo da Fiel é uma iniciativa do Departamento Social, Cultural e de Comunicação.





Wednesday, December 06, 2006

Fiel Manifesta, no Pacaembu



Embora o time tenha feito bonito em campo, a fiel torcida não deixou de mais uma vez protestar contra a diretoria do clube.

Tuesday, December 05, 2006

30 anos de invasão

30 AN0S DA INVASÃO BÁRBARA
por Vã Malocca*

Véspera do jogo, no rádio o locutor carioca comenta: "Os paulistas estão falando em invasão... Uns 20 ônibus vai ser muito". Francisco Horta, então presidente do Fluminense, manda 45 mil ingressos à Sampa esperando receber metade de volta. Os ingressos não só não retornam, como o Rio começa a presenciar a formação de imensas filas alvinegras nas bilheterias do Maracanã. Centenas de quartos de hotel e passagens aéreas reservados, mais de mil ônibus fretados, carros particulares, kombis, pessoas a pé, a Dutra estava tomada. Na capa dos jornais: Começou a Invasão.

Moisés, Zé Eduardo, Ademir, Zé Maria, Wladimir, Ruço, Basílio, Palhinha, Vaguinho, Geraldo e Romeu... Pedrinho, dona Zuma, Toninho, Zé Romão, Elias, minha vó Maria e mais de 70 mil corintianos ­ há 30 anos ­ escrevem alí, em terras estrangeiras, um dos "evangélios" de nossa "religião".

O maior deslocamento humano da história em tempos de paz, 450 km em menos de 24h. O maior público de uma torcida visitante - só depois desta partida que se estabeleceram cotas de mandante e visitante, o maior rito em torno de um evento, de uma partida de futebol. Tudo isso que ficará para sempre marcado nas estatísticas da história mundial é a menor parte do significado daquele momento para nós, abençoados corintianos. A Invasão Corintiana é um dos símbolos da magia de ser um alvinegro do Parque São Jorge. Guarda em si todos os requintes de nossas tradições.

A Invasão, saravá, não foi o resultado de um crescente de êxitos numéricos. Ela ocorreu em pleno jejum, com nosso Timão há 22 anos sem títulos, quando ser corintiano já era "caso de internação". Mais uma demonstração de nossa inerente capacidade de fé sem cobrança contábil, a paixão latente, o deleite, o supremo prazer de ser curinthia. Alí foram sedimentados valores alvinegros que estão hoje imersos em nossas veias e alma. Presente ou não àquele momento, hoje todo corintiano traz consigo mais esse brado que reforça sua história de raça e tradição.

Aquela semi-final "em casa" não foi uma partida fácil, nosso adversário em campo, o tricolor das laranjeiras, ao contrário da vergonha atual, era a "máquina tricolor", o favorito absoluto. Contra tudo e contra todos, vai curinthia, o jogo foi um sofrido empate de 1x1. A gente "fez chover" ­ lágrimas de carioca ­ e assim, mais uma vez, nossa raça prevalecer. A "máquina" saiu na frente e um golzinho de meia "bicicreta" tortinha de Ruço nos levou aos penais, à classificação e à explosão.

A festa corintiana se estendeu à Paulicéia Desvairada, da Ruben Berta à Paulista. Forrada em preto-branco, Sampa abraça seus ídolos, engrossa o coro, se ergue em louros, lava a alma, faz jus à nação.
- Vã Malocca* é colunista do fotolog do Corinthians, escreve às terças.

Monday, December 04, 2006

Com chave de ouro

Na última rodada do Campeonato Brasileiro, decidi enfrentar o sol e levar meu filho ao Pacaembu para assistir a Corinthians e Juventude. Pedi aos amigos que comprassem meu ingresso antecipadamente porque, mesmo com as atuações ridículas da equipe ao longo do ano e os mensalões da diretoria, achei que na despedida de 2006 mais pessoas iriam ao estádio. Engano meu.

Tranqüilamente e sem enfrentar fila, peguei o Luquinhas pela mão e fui em direção às catracas da entrada principal portando somente o meu ingresso porque crianças menores de 12 anos estão isentas do pagamento de ingressos em jogos no Pacaembu, segundo a Lei Municipal 11.256 de 1992.




- Você tem ingresso para ele também? – me perguntou um orientador.
- Não, senhor. Ele tem só 5 anos e não paga.
- Para entrar aqui nesse setor ele deve pagar. Gratuito é só no setor lilás.

O setor lilás é aquele que não é nem na curva, nem no meio e nem atrás do gol. É o cantinho onde mais bate sol, onde não se consegue olhar para o lado contrário sem ficar cego. O lugar reservado para a família onde, durante o jogo todo, milhares de vendedores circulam no pequeno espaço e te fazem falir enquanto seu filho se empanturra de pipoca, sorvete, amendoim, salgadinho, cachorro-quente, refrigerante, suco, água.


- Não quero assistir lá. Quero ter o direito de ver o jogo com meu filho na arquibancada amarela como sempre fiz. Não é a primeira vez que entro com ele por aqui, sem pagar sua entrada.
- Você está mentindo! Nem deve vir em jogo – se exaltou o orientador.


Engano dele. Vou desde sempre e o Luquinhas me acompanha há 3 anos. O que acontece é que como o jogo não tinha público, eles decidiram ganhar em cima das crianças e descumprir uma lei.
- É uma determinação do Corinthians!


Durante a minha discussão, centenas de pais passavam os ingressos de seus pequenos corinthianos pela catraca, sem ao menos questionar. Até bebê de colo pagou.


- E lá na lilás meus amigos podem entrar conosco?
- O espaço é pequeno…


Ir ao estádio hoje em dia se trata mesmo de fazer escolhas, mas juro que jamais pensei em ter que optar entre amigos e família para ver o jogo comigo. Que visão distorcida é essa que torna família e amigos incompatíveis?


- Seria mais fácil se você não tivesse filho, né, mãe?!
- Não diz isso, Lucas. Por mim, estaríamos todos juntos.


Enfim, fui procurar a ouvidoria do Corinthians para fazer uma reclamação. Mais do que questionar conceitos nada cidadãos, fui me indignar porque nenhum interesse financeiro (será só esse?) pode estar acima de uma lei. Ou de duas leis, a municipal e a federal.


O Corinthians tem fingido não conhecer também diversos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente, lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Como o artigo 4º:


“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”


Ou o artigo 5º:


“Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.”


Ou ainda o 16º, com alguns parágrafos únicos:


“O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:


I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;


(…)


V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;(…)”


Depois de ir de lá para cá, debaixo de sol e segurando o Luquinhas no colo, vendo o tempo passar e tentando achar a ouvidoria que ninguém sabia onde era (fica a minha dica: o representante do ouvidor corinthiano está no Portão 3 do Pacaembu, ao lado da bilheteria da esquerda do estádio), encontrei uma orientadora, na frente de uma mesinha.


Perguntou meu nome, meu telefone, meu endereço e simplificou em um papelzinho branco que minha reclamação era sobre o fato de eu não ter conseguido entrar com um menor na arquibancada principal sem pagar ingresso.


- Menor de 5 anos, escreve aí!
- Daqui uns dias, o Marcelo (Góes, advogado, ouvidor do Corinthians) entrará em contato com você por telefone.
- E se não entrar?
- Aí você tenta falar com ele…


(…)


- Mamãe, compra ingresso para mim porque nós podemos pagar…
- Mas tem gente que não pode, Lucas. E tem o direito de vir com o filho no estádio.
- Mas você tem dinheiro aí.


Eu já preparava o discurso político sobre não compactuar com isso, sobre como a diretoria do Corinthians extorquia dinheiro, sobre o nosso papel nessa história toda e sobre como o Corinthians estava ensinando ao meu filho que “quem tem dinheiro pode mais”, mas aí vi que era o Lucas, com seus cinco anos e toda sua expectativa.


Entrei na fila que se estendia por metros, enfiei meu orgulho no meio das pernas e comprei um ingresso para ele. Coloquei seu ingresso na catraca e ele passou por baixo como sempre.


- Roda a catraca, Lucas. Pode rodar.


E o orientador me olhou com cara de vitória. De goleada.


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E a história não pode morrer por aí. Se alguém passar por uma situação semelhante a minha, vale a reclamação na ouvidoria do Corinthians e na CBF. Para falar com o ouvidor corinthiano Marcelo Góes é preciso se munir de paciência. Não há um telefone disponível na página da internet, nem um endereço de correio eletrônico ou de caixa postal. Recomendo telefonar no (11) 6195-3000, no ramal 3101, que é a área de comunicação, conforme me disse a telefonista do clube. Ou se dirigir até o portão 3, ao lado da bilheteria da esquerda do Pacaembu (esquerda de quem sobe a praça Charles Muller).


O ouvidor da CBF, organizadora do Campeonato Brasileiro, é o Juiz de Direito Francisco Horta. Seu correio eletrônico é horta.ouvidor@cbffutebol.com.br e sua caixa postal é 16.251, CEP: 22.221-971 – Largo do Machado, Rio de Janeiro – RJ. Recomendo enviar uma carta com Aviso de Recebimento.


Isso porque, se quiser ir ao Procon mover uma ação pelo abuso, é melhor ter em mãos suas reclamações. E guarde o ingresso de seu filho que serve como comprovante. A página do Procon de São Paulo é http://www.procon.sp.gov.br/.


Também é possível registrar um Boletim de Ocorrência contra o organizador da partida por ter ferido o Estatuto da Criança e do Adolescente. É só se dirigir a uma delegacia mais próxima.

APRESENTAÇÃO DE TCC - TEMA "GAVIÕES DA FIEL - UMA RAZÃO DE SER"

Vai acontecer sexta, dia 08/12, às 19h30 a apresentação do TCC de jornalismo referente ao um documentário que tem como tema central “Gaviões da Fiel – uma razão de ser” – que trata comportamento e a paixão do corinthiano.

Por isso, CONVIDAMOS a todos que puderem ir assistir apresentação TCC de duas amigas dos GAVIÕES.

DATA DA APRESENTAÇÃO: 08/12 (Sexta-feira).

HORÁRIO: 19:30 hrs = AUDITÓRIO “VERDE”.

LOCAL: FACULDADE UNIFIEO – CAMPUS VILA YARA

Av. Franz Voegeli, 300
Vila Yara - Osasco - CEP 06020-190
Tel. (11) 3651-9999
Fax. ramal 9700

Friday, December 01, 2006

Mais sobre as eleições

Opositores vão à Justiça contra manobra de Alberto Dualib

EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo

A manobra política de Alberto Dualib para manter seu domínio no Conselho Deliberativo do Corinthians a dois meses das eleições já sofre contestação na Justiça. Ontem, dois sócios do clube entraram com uma ação no Fórum do Tatuapé para impedir a reunião da próxima segunda-feira.

No encontro, será votada a alteração no estatuto corintiano, que pode ser considerada uma ação golpista porque enterra as chances de vitória de oposicionistas na escolha de 200 conselheiros com mandato de quatro anos em 2007.

Os oposicionistas esperam que a Justiça se pronuncie ainda hoje sobre o caso.Na nova proposta estatutária, Dualib diminui a participação dos associados e concentra o poder nas mãos dos conselheiros vitalícios, grupo em que a maioria apóia o presidente.

Isso porque, atualmente, todos os conselheiros referendam os nomes indicados por Dualib para ocupar a metade das 200 vagas quadrienais. Com a mudança, só os vitalícios são consultados.

Na prática, isso garante que o cartola conseguirá aprovar os nomes que indicar, pois tem o domínio entre os vitalícios. Os outros cem quadrienais são escolhidos pelos sócios, que só terão participação em 25% do Conselho Deliberativo.

Assim, pelo novo estatuto, mesmo se vencer a eleição e empossar cem novos quadrienais, a oposição seguirá em desvantagem. O presidente ainda terá 300 conselheiros. Se ainda valer a regra atual, os oposicionistas podem ter alguma chance de vitória se vencerem a eleição entre os sócios e o Conselho rejeitar os nomes indicados pelo presidente.

Nesse caso, os desafetos de Dualib poderiam dividir o conselho com 200 nomes para cada lado. Diante disso, a oposição contra-atacou. Um dos advogados que propõe a ação é Felipe Ezabella, sócio do clube.

Para suspender a reunião do Conselho Deliberativo, ele argumenta que houve casuísmo por parte da situação em tentar mudar o estatuto às portas das eleições, previstas para janeiro. E diz que as mudanças restringem o poder dos associados.

Dualib justifica para a alteração o fato de o clube ter de se adequar ao novo Código Civil, válido a partir de 2007 e que determina a votação dos sócios para mudar o estatuto.Na última terça-feira, Dualib submeteu o documento à apreciação dos membros do Cori (Conselho de Orientação). As medidas foram aprovadas.

Além da alteração no sistema de escolha dos conselheiros quadrienais, o dirigente quer limitar o número de reeleições para presidente e vices. Atualmente não existe limite. Pelo novo estatuto e seguindo determinação do novo Código Civil, o presidente só poderá se reeleger uma única vez.

Dualib, de 86 anos, está em seu sétimo mandato seguido. Há 13 anos no poder, ele ainda tem, a partir do próximo ano, mais dois anos a cumprir como presidente da diretoria. Mas já prepara Antonio Roque Citadini como seu substituto.

Na segunda, também serão empossados 26 vitalícios, que substituirão colegas mortos. Dualib indicará os nomes.