Friday, November 17, 2006

INFORMATIVO DA FIEL 6






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Ano I- nº 6 - 27 de outubro a 10 de novembro de 2006

Diagramação: Luciano Ferraz

Você Sabia?

Faltou!
Para alguns leitores atentos, faltou no Informativo nº 1 a explicação para o Corinthians ter trocado a cor da camisa.
Há uma curiosa história sobre as camisas do time do Corinthians. No início elas eram de cor creme, com punhos e gola pretos. Após, muitas lavagens a camisa foi perdendo a cor e a diretoria do clube, que não tinha dinheiro para comprar um novo jogo de camisas, decidiu adotar o branco como cor oficial do uniforme do time e continuar com o antigo jogo de camisas. O uniforme definitivo foi lançado em 1917, sendo o número um formado por camisa branca e calção preto, e o dois por camisa preta com listras verticais brancas e calção preto. Nascia, então, o nosso grandioso alvinegro.









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A terceira parte da entrevista com o Sócrates sobre sua participação no Corinthians e na Democracia Corinthiana teve sua publicação adiada no Informativo da Fiel por conta da atual situação do time no Campeonato Brasileiro e das investigações da parceria no Ministério Público Federal. Segue abaixo a terceira e penúltima parte da entrevista com o Doutor.
Foto por Daniel Augusto Jr.
(11) 3872-2846/9903-5464
Qual foi a participação do Corinthians na redemocratização do País?
Queríamos provocar uma discussão pública do que fazíamos no clube. Nós também queríamos mudar o País. Aproveitar o espaço que tínhamos. Temos um grande problema no Brasil: a maior parte da população brasileira não tem a capacidade de discernimento. Muita gente aqui nunca estudou. Só que a linguagem do futebol é comum ao país todo e não é a toa que o nosso presidente hoje usa a metáfora do futebol a todo o momento. Ela é entendida por todo mundo. Nós usamos um meio que muita gente tinha acesso, a forma de se expressar para discutir o país. O Corinthians teve um peso fantástico na transformação democrática do Brasil.
A partir disso, você acha que é possível mudar o mundo a partir de uma mudança no futebol?
Primeiro é preciso entender como é que se comunica melhor, com muito mais gente. Por meio das culturas populares, como o futebol, a música e a dança, se atinge mais gente. A partir dessas formas de expressão humana você consegue se comunicar melhor e agregar
mais valores. E as pessoas se unem em torno desses valores. O brasileiro é individualista, falta espírito comunitário. É a nossa grande carência enquanto sociedade. Para mudarmos esse País nós precisávamos passar a vê-lo em conjunto, e não no próprio umbigo. E a estrutura do futebol é uma das únicas que tem raízes fortes no espírito comunitário. A Gaviões é uma sociedade organizada, mas quantas mais nós temos no País? São pouquíssimas e pulverizadas. A gente muda um País quando mudamos as relações humanas e mudamos a forma como essas relações existem.
Hoje, Vicente Matheus virou uma lenda entre os corinthianos. É visto como o presidente que
nunca mais teremos. Como era ser seu adversário político?
Vicente foi o único presidente de clube que também era ídolo que eu conheci. Existem razões para isso. Primeiro que existia muita identificação entre ele e a torcida corinthiana. Ele era uma pessoa interessante porque ele tinha uma linguagem próxima, uma postura muito semelhante a do povo brasileiro. Ninguém fazia melhor o seu marketing pessoal do que ele. E era muito justo, um cara de palavra. O reconheço como um grande adversário político que jogava de forma humana. Não era um cara que jogava sujo. Ser opositor a um cara como esse não era um tiro no pé? A questão não era o indivíduo, mas política. Ninguém era contra o Vicente Matheus. O discurso era contra o sistema, a estrutura. E a torcida entendia isso? Não tenho dúvida. Era um presidente supervalorizado pela torcida, mas naquele processo tinha que ser derrotado porque não era uma questão administrativa ou paixão pelo Corinthians. Era algo muito maior. E não era só o Corinthians que estava em jogo. O povo brasileiro, representado pela torcida do Corinthians, sacou isso rapidamente. O que estava em jogo era a questão política do País. Vicente Matheus representava o conservadorismo e nós o progressismo. Naquele momento era o que nós queríamos e a maior parte da torcida do Corinthians também.
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Resgate histórico
Nem só do presente vivem os Gaviões. A nossa história se fundamentou em um espírito de luta social e política contra a ditadura da diretoria do Corinthians e do nosso país. Os Gaviões nasceram pra poder reivindicar !!! E por acaso você já testou seu conhecimento sobre nossos presidentes e vices? Eles fizeram e fazem a nossa história, junto com outros Gaviões que representam a nossa entidade. Veja agora quem foram eles e aproveite para aprender um pouco mais e se preparar para as eleições de 2007:
1969 - Flávio Garcia La Selva / Alcides Jorge de Souza Piva (Joca)
1971- Alcides Jorge de Souza Piva (Joca) / Mário Luiz Guirado
1973 - Júlio César de Toledo (Julião) / Cláudio Simões
1975 - Andrés Moreno Castilho / Adalberto Viana Jr.
1977 - Cláudio Simões / Sabá
1979 - Roberto Daga
1981 - Tadeu Aparecido de Souza Piva / José Rifai Daguer
1983 - Luiz Antônio Achôa Mezher (Magrão) / Marcelo
1985 - Avelino Leonardo Gomes (Bigode) / José Lucas Amaral da Silva (assumiu final da gestão) 1987* - Ariovaldo Aparecido da Silva (Ari) / Antônio Goulart dos Reis
1989 - Luiz Antônio Achoa Mezher (Magrão) / José Cláudio de Almeida Moraes (Dentinho)
1991 - Alex Simão Araújo / Eduardo Rosemberg (Duda)
1993 - José Cláudio de Almeida Moraes (Dentinho) / Darcivan Oliveira Barbosa
1995 - Paulo Eduardo Romano (Jamelão) / Douglas de Ungaro (Metaleiro)
Os últimos 8 meses dessa gestão foram assumidos por Eduardo Rosemberg (Duda) Sérgio Romano (Paracatá)
1997 - Douglas de Ungaro (Metaleiro) / Cristian Danuzio Parente (Zinho)
1999 - José Cláudio de Almeida Moraes (Dentinho) / Wellington Rocha Jr. (Tonhão)
2001 - Marcelo Caetano Caneiro (Pancho) / Ronaldo Pinto
2003 - Ronaldo Pinto / Anderson Augusto (Sabará)
2005* - Wellington Rocha Jr. (Tonhão) / Wildner D' Paula Rocha (Pulguinha)
*Esses presidentes e seus vices foram eleitos por voto direto dos associados, ou outros foram eleitos pelo Conselho Deliberativo dos Gaviões da Fiel.
**Agradecimentos especiais ao Paracatá e Paulinho (Velha Guarda).

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O Informativo da Fiel é uma iniciativa do Departamento Social, Cultural e de Comunicação.